Zumbis Magoados.

Morto respirando com coração batendo, perfeito zumbi espiritual. Assim é você quando deixa a amargura ter o domínio,  um verme te consumindo por dentro é toda a falta de perdão. Enganado e gritando ser o dono da razão, sente o direito de remoer a ofensa e mal percebe a navalha enfiada no próprio pescoço.

São famílias banhadas na desgraça, amigos separados, irmãos de fé, de sangue, num verdadeiro vale da sombra da morte. Logo, boas desculpas. “Foi ele que me ofendeu” e todas as frases de justificativas infernais. Cenário assombroso, mas sem exageros de estilo. Tolice virou moda, este é o tempo dos papéis trocados. Perdoar agora é crime de covardia. Relacionamentos, amizades saudáveis, são abandonados em troca de uma boa dose de mediocridade e orgulho.

Há ainda uma esperança. A maturidade do coração de Cristo revela um caminho original e totalmente libertador. Precisamos desmascarar a ofensa. Covardia mesmo é poder libertar-se da mágoa e continuar acorrentado nela, o mais belo ato de coragem é querer perdoar ou ser perdoado.

Primeiro. Sem espantos, as pessoas mais amadas têm o potencial mais alto de nos ofender. Acontece isto, pois nos iludimos e esperamos a perfeição dos outros. É inevitável existirem desavenças, e quando somos levados pela imaturidade até as qualidades das pessoas nos agride.

Toda mágoa é um pouco de morte ainda estando vivo. Quando uma ofensa  surge um é túmulo cavado dentro de você. Talvez, com sua mente perturbadora, deva está pensando sobre a vingança ser um prato frio. Concordo. A frieza é exatamente a temperatura da morte.

Ao perdoar, você descobre a ressurreição de Cristo, consegue enxergar além e experimenta a liberdade dos céus na terra. Procure os amigos que te ofenderam, e as pessoas maltratadas por ti. A Reconciliação te fará melhor que a vingança, pois nela são descobertas as virtudes da paz. Queira uma nova pintura. Sem túmulo, sepulcros de rancor e amargura. Permita-se conhecer o dom do  Pintor do Universo, só Ele tem os traços da vida e o desenho é tão marcante,   que esse viver é eterno.